Chegou a vez de Campo Grande se divertir e se emocionar com a comédia musical O Som e a Sílaba, que será apresentada pelo Ministério da Cultura e pela Vivo no dia 3 de novembro (sábado), às 20 horas, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo (Palácio Popular da Cultura). Com texto e direção de Miguel Falabella, o musical O Som e a Sílaba foi concebido especialmente para Alessandra Maestrini e Mirna Rubim, duas cantoras atrizes com registro lírico. O espetáculo conta a história de Sarah Leighton (Alessandra Maestrini), uma jovem com diagnóstico de autismo altamente funcional, uma savant, com habilidades específicas em algumas áreas, entre elas a música, e sua relação com Leonor Delise (Mirna Rubim), sua professora de canto.
A música vai unir essas duas mulheres e esse encontro mudará a vida de ambas. Recheado com árias, duetos e trechos de óperas, O Som e a Sílaba celebra o mistério da mente humana, com um texto terno, engraçado e comovente. “O espetáculo é todo muito gostoso e aproxima o público. É cheio de humor, como tudo que Miguel e eu gostamos de fazer. Ao mesmo tempo, é extremamente delicado, poético e transformador, dada a trajetória tão rica e profunda da personagem central, Sarah, e de como isto também transforma - para muito melhor - a vida de Leonor (a professora de canto interpretada por Mirna)”, conta Alessandra Maestrini.
Sarah busca alguém que lhe ajude a dar algum sentido a sua vida. Com a morte dos pais, ela mora com o irmão casado, mas sente que não se encaixa na organização da casa, tem consciência de suas limitações nas relações pessoais e sabe que precisa romper as barreiras da síndrome para se ajustar ao mundo lá fora. Em sua busca por uma autonomia, ela lista suas habilidades, entre elas cantar. Ela sabe cantar. “O elemento mais importante da relação entre Sarah e Leonor é o estabelecimento da empatia. Desse laço, se cria a relação de amizade, cumplicidade, respeito e profundo amor entre as personagens”, revela Mirna Rubim.
“Gente como eu precisa de duas coisas na vida: de um trabalho e de alguém que lhe estenda a mão”, Sarah diz a Leonor ao se apresentar. Leonor, por sua vez, atravessa uma crise pessoal e profissional. “Este choque de anseios fará com que uma transforme a vida da outra, até que o público se pergunte quem, de fato, está ensinando quem", comenta Alessandra Maestrini.
Em torno dessa montagem reuniu-se uma equipe estelar: o elegante cenário ficou nas mãos de Zezinho Santos e Turíbio Santos; a luz dramática de Wagner Freire complementa os figurinos de Ligia Rocha e Marco Pacheco que, juntamente com o visagismo de Wilson Eliodoro, constroem os cativantes personagens do musical. O Som e a Sílaba conta com o design de som de Mario Jorge Andrade, que leva a experiência auditiva do espetáculo para um novo patamar de excelência.
O espetáculo, que estreou em 2017, vem acumulando prêmios e indicações pelo Brasil. A montagem acaba de receber o 6º Prêmio Bibi Ferreira, a mais tradicional premiação para musicais do país, pelo Melhor Roteiro Original, de Miguel Falabella. E foi indicada em outras cinco categorias: Melhor Musical Brasileiro, Melhor Direção, Melhor Atriz e Melhor Atriz Coadjuvante. Recentemente, também ganhou dois prêmios Aplauso Brasil, pelo figurino e a direção.