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A Cia Dançurbana estreou neste mês, na Capital, o espetáculo "Poracê - O outro de nós". As três primeiras apresentações aconteceram na Escola Estadual José Maria Hugo Rodrigues. Para o grande público as apresentações acontecem nos dias 17 e 18 de maio; no período da tarde especialmente para escolas públicas, quarta-feira às 14h e, quinta-feira às 15h e, de noite, sessões às 20 horas, no Teatro Prosa do Sesc Horto. 

Durante sete meses, os três coreógrafos Marcos Mattos, Renata Leoni e Franciella Cavalheri - junto aos seis intérpretes-criadores Adailson Dagher, Ariane Nogueira, Lívia Lopes, Maura Menezes, Thiago Mendes e Rose Mendonça - mergulharam na produção de ‘Poracê’. 

São seis intérpretes-criadores de origens diferentes, de tribos diversas, cada um com seu modo de ser e de viver, sua história e sua individualidade, que fazem parte de um mesmo grupo, uma mesma comunidade, uma sociedade; e é sobre a forma como nós seres humanos vivemos em comunidade que esse espetáculo busca falar. 

"Poracê", em Nheengatu, é designada como dança indígena de celebração ou baile. O trabalho é uma metáfora do significado dessa palavra. A companhia debruçou-se sobre “uma ideia de dança de índios” (uma fabulação), algo que já estava no imaginário dos criadores. 

Um dos destaques do espetáculo é a trilha sonora, produzida ao vivo por Antônio Porto, renomado instrumentista, cantor, compositor, arranjador e produtor musical. Com carreira nacional e internacional, no Brasil já trabalhou e gravou com artistas como Almir Sater, Renato Teixeira, Pena Branca e Xavantinho, Tetê Espíndola, Alzira Espíndola, Renato Braz, Paulo Simões e Bianca Gismonti.