Levantamento do Instituto de Pesquisa Fecomércio MS aponta que o consumidor sul-mato-grossense irá desembolsar R$ 703 mi em produtos e serviços do comércio nesta época do ano. A pesquisa de intenção de compras, uma parceria com a Fundação Manoel de Barros e Universidade Anhanguera Uniderp, foi realizada em onze municípios do Estado (Aquidauana, Anastácio, Campo Grande, Corumbá, Dourados, Ladário, Naviraí, Paranaíba, Ponta Porã, São Gabriel do Oeste e Três Lagoas), entre os dias 9 e 16 de novembro.
Ainda, de acordo com a Pesquisa, o giro na economia do Estado será de R$ 1,9 bi. Boa parte deste dinheiro, será direcionada para pagar contas em atraso (12%), despesas de início de ano (14%), cartão de crédito (9%), retirada de nome dos cadastros negativos (6%) e para cobrir o cheque especial (4%). 12% dos entrevistados dizem que vão guardar na poupança, 8% nas despesas com compra de carro, casa, moto e, 7%, nas despesas com férias. 5% afirmaram que vão usar na reforma da casa.
Compras de fim de ano – Segundo a pesquisa, 78% dos entrevistados vão comprar até 3 presentes para famílias e amigos, sendo que o valor médio, por presente, é de R$ 190,00, valores acima do registrado o ano passado quando 77% dos consumidores afirmaram que iriam comprar presentes de até R$ 125,00, injetando, na época, mais de R$ 460 mi no comércio varejista.
“Os consumidores também se disseram mais otimistas que em 2012 e os comerciantes podem aguardar que esse clima será revertido em boas vendas para o comércio e, consequentemente, para a economia de MS”, afirma o presidente do Sistema Fecomércio de MS, Edison Araújo.
Para Edison Araújo, os números refletem o bom andamento atual da economia, com mais pessoas empregadas e do aumento da renda salarial familiar.
Os presentes – Devem receber presentes, segundo a pesquisa, 21% das mães, 20% dos filhos, 17% das esposas, 5% das namoradas e, também 5% dos irmãos(ãs). 4% dos entrevistados garantiram que vão se auto-presentear. Os presentes que serão adquiridos são: roupas (26%), brinquedos (15%), perfumaria (14%), calçados (13%), acessórios (7%), eletroeletrônicos (5%). Também, aparece na sua preferência de compra o celular (3%), jóias (3%) e eletrodomésticos (2%).
Ao serem questionados sobre o que gostariam de ganhar, os presentes indicados não diferem do que pretendem comprar: roupas (17%), perfumaria (13%), calçados (13%), eletroeletrônicos (8%), viagens (7%), celulares (7%), acessórios (6%) e jóias (6%) como os principais.
Local de compra – A pesquisa indica que as lojas do centro das cidades são a opção de 88% dos consumidores do Estado. Em Campo Grande, 44% dos entrevistados afirmaram que vão adquirir os presentes nas lojas do Centro, 23% no Shopping Norte Sul Plaza, 14% no Shopping Campo Grande e 6% no camelódromo.
Em Dourados, as preferências são: 55% no comércio central e 40% no Shopping Avenida Center.
Em Corumbá e Ladário, as lojas do centro são a escolha de 44% dos entrevistados. 32% afirmaram que irão às compras no comércio da Bolívia, representando uma injeção de R$ 2,2 milhões para o país vizinho.
Em Ponta Porã, 60% dos consumidores afirmam que vão adquirir os presentes nas lojas do centro da cidade. A pesquisa detectou também que R$ 5,1 milhões (35% dos entrevistados) vão ser gastos nas lojas do Paraguai
Nas demais cidades, a preferência dos consumidores é para as lojas do centro da sua cidade (88%), às lojas dos bairros (4%), produtos da internet e de catálogos (5 %).
37% dos entrevistados afirmaram ainda que os consumidores só irão às compras faltando menos de 10 dias para o Natal e 23% garantiram que irão na véspera.
Forma de Pagamento – A maioria dos consumidores deve fazer a compra à vista (70%), sendo em dinheiro, cheque ou cartão de débito. O cartão de crédito é a opção de 20% dos consumidores.
Quem comprar à prazo, irá optar pelos cartões de crédito, da própria loja, carnês ou boletos. O cheque pré-datado é a opção de apenas 0,5% dos entrevistados. 62% afirmam que vão dividir as prestações em até 4 vezes.
“É importante o comerciante ficar atento a esses números, pois a decisão de compra estará associada ao desconto no preço (19%) e às promoções (16%). Ele vai pagar à vista, o que é bom para o fluxo de caixa do comerciante, mas irá exigir preço”, ressalta Edison Araújo.