Um dos maiores poetas brasileiros, Manoel de Barros, que completaria 100 anos em dezembro de 2016, foi homenageado no dia 13 de março no Plenário do Senado. De iniciativa do senador Pedro Chaves (PSC-MS), que o conheceu pessoalmente.
Compuseram a mesa da sessão, além dos senadores Pedro Chaves, Waldemir Moka e Thieres Pinto (PTB-RR), o deputado federal Izalci Lucas (PSDB-DF); a presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Maria Inês Fini; o Diretor da Fundação Manoel de Barros (FMB), Marcos Henrique Marques e a representante do ministro da Educação, Regina de Assis.
“O homem Manoel de Barros foi finito como todos nós, mas o poeta e suas obras – pautadas na ousadia das palavras e também neste belo sorriso, vão permanecer para sempre, gerações após gerações" - declarou o Diretor da FMB, Marcos Henrique Marques.
O senador Pedro Chaves contou a história do poeta, que nasceu em Cuiabá (MT), mas mudou-se ainda menino para Corumbá (MS). Em seguida, foi morar numa fazenda no Pantanal, ambiente de onde colheu inspiração para sua poesia. Chaves, que criou a Fundação Manoel de Barros em 1998 em Campo Grande (MS), para apoiar projetos culturais, sociais e ambientais.
“Me considero suspeito para falar sobre a brilhante carreira do homenageado. Sou admirador de sua obra e de sua personalidade. Tanto que, em 1998, pouco tempo depois de ter fundado a Unversidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal, a Uniderp, decidi criar a Fundação Manoel de Barros para fomentar a pesquisa e a extensão. E Manoel estava presente nessa inauguração, juntamente com sua esposa “— relatou.
Pedro Chaves falou ainda que Manoel de Barros, ao morrer em 13 de novembro de 2014, deixou um manancial de palavras comparável apenas à biodiversidade do Pantanal.
“A produção de 28 livros publicados, fora aquele levado pela polícia política em sua juventude, mostra muito bem o poder criativo e a capacidade de trabalho do nosso poeta. O grande brasileiro Carlos Drummond de Andrade, de Itabira, em uma definição magistral, assinalou que Manoel de Barros era mesmo eterno” — afirmou.
O senador Cristovam Buarque (PPS-DF) narrou o encontro que teve com Manoel de Barros, apresentado a ele pelo senador Pedro Chaves. Cristovam tinha ido fazer uma palestra na universidade e disse a Pedro Chaves que gostaria de visitar Manoel de Barros. Depois de passar por engano em outra casa, Cristovam Buarque contou que Manoel de Barros o recebeu “com um sorriso enorme nos lábios”.
*Com informações da Agência Senado