A manhã, desta última quarta-feira (08), foi recheada de programas culturais para os alunos da Escola Municipal Darthesy Novaes Caminha (escola do campo) e Escola Municipal José de Souza que participaram, de mais um encontro, do Projeto Letras de Barros. O projeto, que é apoiado pela Fundação Manoel de Barros (FMB), integra alunos do campo e da cidade, que durante o evento trocam informações, conversam e fazem inúmeras apresentações – todas baseadas nas obras do poeta Manoel de Barros.
O Letras de Barros é resultado da junção dos Projetos Bodoque de Palavras, da SEMED (Secretaria Municipal de Educação), e Biblioteca Aberta, do curso de Letras da Anhanguera Uniderp.
“As obras do Manoel de Barros ampliam a criatividade das pessoas e aumentam a bagagem cultural. E trabalhar esse conteúdo enriquece o conhecimento dessas crianças e adolescentes”, comenta o diretor administrativo da FMB, Marcos Henrique Marques.
“Com esse projeto nós acabamos descobrindo talentos que estão escondidos. Além de melhorar a leitura melhora a auto-estima dessas crianças. Elas falam de Manoel de Barros, estudam o poeta e os resultados são visíveis”, comenta a professora da escola Darthesy Novaes Caminha, Nilza Nantes da Silva.
O aluno Lucas Soares, 16anos, compôs com o pai uma música, em homenagem a Manoel de Barros, que apresentou aos colegas. “Para compor a letra tive que ler toda a bibliografia de Manoel de Barros. Claro, contei com a ajuda do meu pai, mas também me apaixonei pelas histórias. Manoel tem histórias lindas, mas não foi muito fácil juntar todas essas palavras”, revela Lucas.
“Queremos um mundo melhor por meio da leitura. Este é um campo novo de atuação, onde esperamos uma produção que represente o dialogo, a afinidade entre os estudantes do campo e da cidade. Nosso objetivo é que a leitura exerça a função de aproximar essas crianças que vivem em lugares tão diferentes, mas que ao mesmo tempo podem ter tanto em comum”, fala a coordenadora do Núcleo de Educação do Campo, Adriana Cercaroli.
A professora responsável pelo projeto de extensão no curso de Letras, Clélia Andrade de Paula, acredita que os trabalhos são sempre muito positivos. “É um trabalho que é realizado no campo e trazido para a cidade onde o direcionamento é Manoel de Barros. Todos ganham neste projeto. Nossos acadêmicos, por exemplo, vivenciam as metodologias que podem ser utilizadas ao se trabalhar um autor. Eles estão em fase de formação e esta é uma etapa importante, onde são trabalhadas visões e conceitos”, finaliza.